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CAPÍTULO I

 

NOTAS BREVES SOBRE A HISTÓRIA DA ROSA

 

As verdades e as rosas têm picos.

Provérbio

 

Antes de abordarmos os outros temas, relacionados com a rosa, achámos por bem, focar alguns dados sobre a História das Rosas.

Tudo tem a sua História, uma mais longa e mais bela, outra, mais curta e menos bela; uma plena de factos e de efeitos, outra com pouco valor; mas tudo o que existe merece ser estudado, investigado, divulgado, escrito.

No caso, a Rosa, como flor, tem uma história que se perde na noite nos tempos, ou mais precisamente, está oculta na Memória da Natureza, qual livro universal onde tudo fica registado, dado que, no plano cósmico, nada se perde.

No campo da Geologia, no seu ramo da Paleontologia, a rosa terá, mais ou menos, 35 milhões de anos.

Nesta área, neste livro, registo fóssil, um milhar ou até um milhão, por vezes, é um número relativamente pequeno…

Perguntar-se-á: o que terá existido antes desse período, relacionado com a rainha das flores? Como terá evoluído?

Um dos rosacruzes, Angelus Silesius, pseudónimo de Johannes Scheffler, nascido, em 1624, em Breslau, na Silésia, actualmente território polaco, doutor em filosofia e medicina, depois de exercer esta arte e ciência, dedica-se à vida ascética e mística, membro activo da Igreja Católica.

Numa das suas obras, A Rosa é sem porquê, afirma que a rosa, que o teu olhar externo contempla, floriu nesse modo em Deus desde o Princípio.

 

 

Rosa canina, silvestre, foto do autor, em 1996

 

 

 

 

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Esta variedade é uma das mais antigas. Os seus frutos são ricos em vitamina C, dez vezes mais que os limões, como em vitaminas A, B, E, e possui ainda diversos e úteis elementos medicinais.

Voltando às palavras filosóficas de Silesius, que conclusões podemos extrair? Cada qual terá a sua opinião, que deve possuir, livremente. Em nosso ver, ele está ensinando algo de sabedoria esotérica, como que desejando comunicar que a rosa, na sua forma silvestre, cinco pétalas, número ligado à Vida Única e Una, da Harmonia Perfeita, cor branca, que é a de Deus, onde tudo existe, se movimenta e se renova, como no teu nome, cada palavra tem um valor único, no caso, ligado ao amor, à luz e à vida, pois, sendo assim, floresceu, neste modo, na Sempre-Essência existência, que sempre existiu e existirá.

Logo a Rosa é algo mais que uma flor, ela é um símbolo legado pelos  deuses…

Desçamos da filosofia hermética até à História e à Rodologia.

Remonta à Proto-História os relatos sobre a rosa, essencialmente, nas culturas indo-germânicas, onde estava unida aos cultos religiosos.

Entre as mais antigas civilizações que temos alguns dados, a da Suméria, dado que ainda os outros povos estavam na pré-história, já os sumérios avançaram para a fase seguinte.

Consta que um tal rei Sargão, 3 000 anos a.C. terá trazido roseiras para embelezar os seus jardins e palácios na zona da Mesopotâmia. Na descrição dos jardins da Babilónia, uma das maravilhas do mundo, relata-se que a rainha Semíramis gostava muito do perfume das rosas.

Entre as civilizações maia antigas da Ásia, do Médio Oriente, da Europa existem elementos sobre o uso e o valor das rosas.

Desde a China a Israel, veja-se o Antigo Testamento, as traduções do aramaico por lírios, devem ser rectificadas por rosas, do Egipto à Grécia e a Roma, como noutras, existiram poetas cantando hinos às rosas, divinizando-as.

Teofrato da Grécia, considerado como o pai da Botânica, afirmou que as rosas tinham um número variado de pétalas que iam de 5 até 100!

Logo que já antes houve criação de novas espécies, o que é relatado por Plínio, historiador e naturalista, afirmando que elas eram cultivadas em estufas na antiga civilização romana.

O grego Epicuro, no século IV a.C. mandou construir, no centro de Atenas, um jardim das rosas, quiçá, o primeiro do mundo.

Também Ovídio e Cícero enalteceram a rosa, em seus doutos escritos.

Quanto às lendas ligadas à rosa, focaremos no capítulo seguinte.

 

 

 

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Apenas vamos recordar o célebre e lendário jardim das rosas da Catedral de Hildesheim, na Alemanha, onde terá sido colocado uma cruz, por um capelão, e que pertencia ao imperador Luis, o Piedoso. Segundo consta a cruz não podia ser retirada porque ela estava fortemente enlaçada por rosas e espinhos.

Um incêndio, em 1 013, destruiu os documentos neste Convento, pelo que, apenas existem os relatos orais.

Na China, entretanto, floresciam as rosas.

Graças à imperatriz Josefina, esposa de Napoleão, as rosas são adoradas, manda criar o maior roseiral do mundo, onde existiam todas as variedades das quais havia conhecimento.

Redouté, célebre pintor de rosas, imortalizou-as em seus quadros, que têm sido dignificados por meio de emissões de selos e de blocos.

Dupont foi responsável por este magnífico roseiral; enquanto o inglês Kennedy ia levando as variedades para a Inglaterra, onde mais tarde a rosa teve um novo e grande impulso.

 

 

 

Vista parcial do Parque de Malmaison, Paris, onde se vê o Templo do Amor, Eros, palavra que tem as mesmas letras que rose, rosa.

Aqui viveram Josèphine e Napoleão; aqui mandou cultivar o seu jardim de rosas.

Este parque foi transformado no Museu da História Natural.

 

 

 

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Bloco emitido, em 1990, na Bélgica, ligado à Exposição Filatélica, Bélgica 90 e aos 100 anos dos Círculos Filatélicos Belgas.

Nele surge o célebre pintor das rosas Pierre- Joseph Redouté, nascido em Saint- Hubert, em 1759, morrendo em Paris, em 1840.

Do seu trabalho 60 Rosas duma Rainha” foram extraídas estas 6, editadas em selos neste país.

Antes, porém, tinham sido emitidos vários blocos sobre este pintor, as rosas e a primeira rainha da Bélgica, Luísa- Maria d’Orléans, que reinou entre 1832 e 1850, ano do seu nascimento para os mundos superiores.

 

 

 

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Um dos blocos, emitido em 1988, com o tema, Promoção da Filatelia, em que surge a rainha Luisa-Maria e o trabalho do pintor Redouté que foi seu mestre nesta arte.

Entre 1810 e 1904 são criadas 11 000 novos híbridos de rosas!

Actualmente, o seu número ronda os 30 000, espalhadas por todos os continentes, nuns países mais que noutros, enchendo a terra das suas lindas cores, dos seus belos perfumes, cada vez mais a rainha das flores.

Também, em muitas localidades, são construídos, belos jardins de rosas.

 

 

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Rosengarten, Jardim das Rosas, Viena, Áustria

Foto de D.D.C. em 1995.

 

 

Outro aspecto deste mar de rosas.

Foto do autor, 1995.