A ÉPOCA ATLANTE
Os cataclismos vulcânicos destruíram a maior parte do continente da Lemúria e, em seu lugar, surgiu o continente Atlante, onde está atualmente o Oceano Atlântico.
A ciência materialista, intrigada pela história de Platão, fez investigações relativas à Atlantida. Ficou plenamente demonstrado que há base séria nessa história e que dito continente realmente existiu. Os cientistas ocultistas sabem dessa existência e conhecem sua história, que agora descreveremos.
A antiga Atlântida diferia do mundo atual em muitas coisas; a maior diferença estava na constituição da atmosfera e da água daquela época.
Da parte sul do planeta vinha o alento ardente dos vulcões, ainda muito ativos. Do norte chegavam rajadas de ventos gelados da região polar. No continente Atlante juntavam-se essas duas correntes, pelo que a atmosfera sempre estava sobrecarregada de uma neblina espessa e pesada. A água não era tão densa como agora, continha maior proporção de ar. A atmosfera da Atlântida, nebulosa e pesada, tinha muita água em suspensão.
Através dessa atmosfera nunca brilhava o Sol com claridade. Aparecia como que rodeado de uma aura de luz vaga, como acontece com as luzes das ruas, em tempo de neblina. O atlante só podia ver a uma distância de poucos pés em qualquer direção, e os contornos de todos os objetos próximos pareciam indefinidos e incertos. O homem guiava-se mais pela percepção interna do que pela visão externa.
Não somente a Terra, também os homens eram muito diferentes dos atuais. Tinham cabeça, mas quase nada de testa, o cérebro não tinha desenvolvimento frontal. A cabeça era inclinada para trás, desde acima dos olhos.
Comparados com a atual humanidade, eram gigantes. Em proporções aos corpos, tinham braços e pernas muito maiores do que os nossos. Em vez de caminhar, avançavam por pequenos saltos, semelhantes aos do canguru. Os olhos eram pequenos e pestanejantes. Seu cabelo era reto, negro, de secção redonda, enquanto que o dos ários, se bem que possa diferir na cor, tem sempre a secção oval. Está última particularidade, a secção redonda dos cabelos, define, além de outras, os descendentes de atlantes atualmente existentes. As orelhas dos atlantes estavam muito mais para cima e para trás da cabeça do que as dos ários.
Os veículos superiores dos atlantes primitivos não estavam, em relação ao corpo denso, na posição concêntrica dos nossos. O espírito não era um espírito interno porque estava parcialmente fora, então, em virtude disso, não podia exercer um controle de seus veículos, e dominá-los tão facilmente como se estivesse inteiramente dentro. A cabeça do corpo vital estava fora, mais acima do que a do corpo físico.
Há um ponto, colocado na "raiz do nariz", entre os arcos supraciliares, a um e meio centímetros abaixo da pele, que tem um correspondente no corpo vital. Este ponto não é o corpo pituitário, que está muito mais para dentro da cabeça do corpo denso. Quando esses dois pontos, do corpo vital e do denso se põem em correspondência, como acontece no homem atual, o clarividente treinado pode ver ali uma mancha preta, melhor dito, um como que espaço vazio, semelhante ao núcleo invisível da chama de gás. É o assento do espírito interno do homem, o Santo dos Santos no Templo do corpo humano, fechado para todos menos para o espírito interno do homem, o Ego, que nele habita. O clarividente treinado pode ver, com maior ou menor acuidade segundo sua capacidade e exercitamento, todos os diferentes corpo que formam a aura humana, mas esse ponto, esse lugar, está oculto para ele. É a "Isis", cujo véu ninguém pode levantar. O ser mais evoluído não pode erguer o véu do Ego, nem mesmo da mais humilde e menos desenvolvida criatura. Sobre a Terra, isso e somente isso, é tão sagrado que está completamente a salvo de toda e qualquer intromissão.
Os dois pontos de que acabamos de tratar, um no corpo denso e outro na contraparte do corpo vital, estavam muito separados no homem dos primitivos tempos da Atlântida. Assim estão atualmente nos animais de nossos dias. A cabeça do corpo vital do cavalo está muito separada da cabeça de seu corpo denso. No cachorro estão mais próximos do que em qualquer outro animal, salvo talvez no elefante. Se chegam a juntar-se, dão os casos de animais prodígios, que podem aprender a contar, reconhecer letras e palavras, etc.
A separação desses dois pontos dava à percepção do atlante poder muito mais agudo nos mundos internos do que no Mundo Físico ainda obscurecido por essa atmosfera de neblina densa e pesada. Com o decorrer do tempo, a atmosfera foi-se tornando mais clara, e os pontos citados aproximaram-se pouco a pouco. No mesmo ritmo, o homem perdeu o contato com os mundos internos, que lhe pareciam mais obscuros à medida que o corpo físico se delineava. Finalmente no último terço da Época Atlante, o ponto do corpo vital uniu-se ao ponto correspondente do corpo denso. Desde esse momento obteve a plena visão e percepção do Mundo Físico. A maioria perdeu gradualmente a capacidade de perceber os mundos superiores.
Nos primeiros tempos, o atlante não percebia claramente as linhas de um objeto ou pessoa, mas via sua alma e de uma vez percebia seus atributos, fossem ou não benéficos para ele. Sabia logo das disposições, amigáveis ou agressivas, do homem ou animal que a observava, tornou-se conhecedor pela percepção espiritual, como devia tratar os demais e como podia escapar aos perigos. Portanto, quando o mundo espiritual gradualmente desvaneceu-se de sua consciência, grande foi sua tristeza e o seu embaraço pela perda da visão dos mundos espirituais.
A Rmoahals foi a primeira raça dos atlantes. Tinham muito pouca memória, unicamente relacionada com a sensação. Recordavam-se das cores e dos sons e com isso desenvolveram até certo ponto o sentimento. Os lemurianos não tinham sentimento algum, na mais sutil expressão da palavra. Possuíam o sentido do tato, podiam sentir as sensações físicas de dor, de comodidade e conforto, mas não as sensações espirituais ou mentais, como a alegria, a tristeza, a simpatia ou antipatia.
Com a memória, obtiveram os atlantes os primeiros rudimentos da linguagem. Criaram palavras, deixando de usar os simples sons emitidos pelos lemurianos. Os Rmoahals começaram a dar nomes às coisas. Eram ainda uma raça espiritual, com poderes anímicos análogos aos das forças da Natureza. Não somente davam nomes às coisas que os rodeavam, mas por intermédio das palavras tinham poder sobre as coisas denominadas. Sentiam, como os últimos lemurianos, que eram espíritos. Nunca causaram o menor dano uns aos outros. Para eles a linguagem era santificada, pois consideravam-na a mais elevada expressão direta do espírito. Nunca abusaram ou degradaram esse poder em palavras ociosas e vãs. Pelo emprego da linguagem, a alma dessa raça pôde, pela primeira vez, pôr-se em contato com a alma das coisas do mundo externo.
A segunda raça atlante foi a dos Tlavatlis. Começaram a sentir seu valor como seres humanos separados. Tonaram-se ambiciosos, pediam recompensa pelas suas obras. A memória tornou-se um importante fator na vida da comunidade. A recordação das proezas de alguns fez o povo eleger para Guia o que tivesse realizado feitos mais importantes. Foi o germe da realeza.
A lembrança das obras meritórias de algum grande homem permanecia depois da morte. A memória dos antepassados começou a ser honrada. Não só os antepassados, também outros que tivessem alcançado algum grande mérito foram honrados e adorados. Foi o princípio de certa forma de adoração, ainda hoje praticada por alguns asiáticos.
Os Toltecas formaram a terceira raça atlante. Levaram mais adiante essas idéias dos predecessores, inaugurando a monarquia e a sucessão hereditária. Nos Toltecas originou-se o costume de honrar os homens em atenção às proezas de seus antecessores. Haviam muito boas razões para isso porque, devido ao exercitamento peculiar daqueles tempo, o pai tinha o poder de transmitir suas qualidade ao filho, de maneira impossível para a humanidade atual.
A educação efetuava-se evocando ante a alma do menino os quadros de diversas fases da vida. A consciência dos primitivos atlantes era predominantemente uma consciência interna pictória. O poder do educador era preponderante para evocar esses quadros ante a alma do menino. Dele dependiam as qualidade anímicas que possuíram o homem já maduro. Despertava-se o instinto e não a razão; por esse método de educação, o filho absorvia realmente as qualidades do pai. Portanto, se os filhos sempre herdavam a maior parte das boas qualidades de seu pais, havia fortes razões, naqueles tempos, para prestar honras aos descendentes de grandes homens. Infelizmente, não sucede isso nos tempos atuais embora continuemos com o mesmo costume de honrar os filhos dos grandes homens. Agora não temos razão para fazê-lo.
Entre os Toltecas, a experiência era considerada de grande valor. O homem que obtivesse as mais variadas experiências era o mais honrado e procurado. A memória era tão grande e exata que a da humanidade atual em comparação nada é. Em qualquer emergência, um Tolteca de grande experiência e prática recordar-se-ia provavelmente de casos semelhantes ocorridos no passado, deduzindo imediatamente o que fazer. Tornava-se um inestimável conselheiro para a comunidade.
Quando, em alguma situação, não tinham experiência anterior, ficavam incapazes de pensar ou deduzir por analogia o que deveriam fazer na emergência. E quando na comunidade não havia indivíduos daquela estirpe, viam-se obrigados a experimentar para encontrarem a melhor solução.
Em meados do último terço da Atlântida, começavam a surgir as nações separadas. Grupos de pessoas entre si notavam gostos e costumes semelhantes, abandonavam os antigos lugares e fundavam uma nova colônia. Porém, recordavam os antigos costumes e, no possível, seguiam-nos em seus novos lugares, criando ao mesmo tempo outros novos, em harmonia com novas idéias e necessidades particulares.
Os Guias da humanidade prepararam grandes Reis para o povo, revestidos de grande poder. As massas honravam esses reis com toda a reverência devida aos que, na verdade, eram reis "pela graça de Deus". Tão feliz estado de coisas, entretanto, levava o germe da desintegração, porque os reis, com o decorrer do tempo, tornaram-se soberbos. Esqueceram que o poder tinha sido posto em suas mãos pela graça de Deus, como coisa sagrada. Olvidaram que foram feitos reis para agir com justiça e ajudar o povo. Ao contrário, em vez de usarem os poderes para o bem comum, usaram-no para corrupção, com fins egoístas, para engrandecimento pessoal. Arrogavam-se privilégios e autoridade que nunca lhes tinham sido concedidos. À ambição e ao egoísmo sujeitaram-se. Abusaram dos poderes concedidos pela divindade, oprimindo e vingando-se. Assim procederam não só os reis, mas também os nobres e as classes mais elevadas.
É fácil compreender que tais abusos tinham de produzir terríveis condições, considerando a magnitude dos poderes que uns e outros possuíam sobre os seus súditos.
Os Turânios originais foram a quarta raça Atlante. Seu abominável egoísmo fazia-os caracteristicamente vis. Oprimiam muitíssimo as classes inferiores desamparadas, e levantaram templos onde os reis eram adorados como deuses. Florescia a magia negra, da pior classe e a mais nauseabunda. Todos os esforços eram encaminhados à gratificação da vaidade e da ostentação externa.
Os Semitas originais foram a quinta e mais importante das sete raças atlantes. Nela encontramos o primeiro germe dessa qualidade corretiva, o pensamento. Por isso, a raça Semítica original converteu-se na "semente de raça" das sete raças de nossa atual Época Ária.
Na Época Polar o homem adquiriu o corpo denso como instrumento de ação. Na Época Hiperbórea agregou-se-lhe o corpo vital, que lhe deu a força de movimento necessária para a ação e, na Época Lemúrica, o corpo de desejos que forneceu incentivo para agir.
Finalmente, na Época Atlante foi-lhe dada a mente, para que tivesse propósito na ação. Como o domínio do Ego era excessivamente débil e a natureza passional (de desejos) muito forte, a mente nascente uniu-se ao corpo de desejos, originando a astúcia, causa de todas as debilidades dos meados do último terço da Época Atlante.
Na Época Ária começou a aperfeiçoar-se o pensamento e a razão, como resultado do trabalho do Ego sobre a mente, a fim de conduzir o desejo a canais que conduzem à perfeição espiritual, o objetivo da evolução. A faculdade de pensar e formar idéias conseguiu-a o homem à custa da perda das forças vitais, isto é, poder sobre a Natureza.
Com o pensamento e a mente, o homem exerce presentemente o seu poder, apenas sobre os minerais e as substâncias químicas porque sua mente está ainda no primeiro estado de evolução, o mineral, estado em que se encontrava seu corpo denso no Período de Saturno. Não pode exercer o menor poder sobre a vida animal ou vegetal. Utiliza nas indústrias, madeiras, diversas substâncias vegetais, e certas partes do animal, substâncias que, em última análise, são todas matéria química animada pela vida mineral, da qual se compõem todos os corpos, conforme já se explicou. Atualmente, o homem pode ter domínio sobre todas essas variedades de combinações químico-minerais. Só quando chegar ao Período de Júpiter poderá estender seu domínio à vida. Nesse Período, terá o poder de agir e trabalhar com a vida vegetal, como fazem os Anjos atualmente, neste Período Terrestre.
Há largos anos que os cientistas materialistas vêm trabalhando para "criar" vida. Não obterão o menor êxito enquanto não aprenderem a aproximar-se da mesa do laboratório com a mais profunda reverência, como se estivessem diante do altar de um Tempo, com pureza de coração e com as mãos santificadas, livres de todo egoísmo e ambição.
Tal é a sábia decisão dos Irmãos Maiores: guardam este e outros profundos segredos da Natureza até que o homem se encontre em condições de empregá-los para melhoramento da raça, para glória de Deus, e não para aproveitamento ou engrandecimento pessoal.
A perda do poder dos Atlantes sobre as forças vitais condicionou a continuidade da evolução do homem. Limitado esse poder, não importava a grandeza do seu egoísmo, porque já não podia destruir-se nem à Natureza, como teria sido o caso se o crescente egoísmo fosse acompanhado do grande poder que possuía no primitivo estado de inocência. O pensamento que age somente no homem não tem poder algum sobre a Natureza e nunca pode pôr em perigo a humanidade, como teria sido possível se as forças da Natureza estivessem sob o domínio do homem.
Os Semitas originais, por meio da mente, regulavam até certo ponto seus desejos. Aliás, em vez de simples desejos, mostravam astúcia e malícia, pelos quais esse povo procurava atingir seus fins egoístas. Apesar de turbulentos, aprenderam a refrear as paixões em grande extensão e a realizar seus propósitos por meio da astúcia, mais sutil e mais potente do que a simples força bruta. Descobriam, pela primeira vez, que o cérebro é superior ao músculo.
No transcurso da existência dessa raça, a atmosfera da Atlântida começou a clarear-se definitivamente, e o ponto já mencionado do corpo vital pôs-se em correspondência com o seu companheiro do corpo denso. A combinação dos acontecimentos deu a habilidade de ver os objetos com claridade e nitidez, com contornos bem definidos, porém, isto também se obteve com a perda da visão dos mundos internos.
Assim, podemos comprovar, e é bom enunciar, a seguinte lei: nunca se pode fazer o menor progresso senão à custa de alguma faculdade que previamente se possuía, a qual se readquire em forma mais elevada, posteriormente.
O homem construiu o cérebro à expensas de perda temporária do seu poder de gerar só. Para adquirir o instrumento com o qual pudesse guiar o seu corpo denso, sujeitou-se a todas as dificuldades, tristezas e dores oriundas da cooperação no perpetuar da raça, o mesmo acontecendo com o poder de raciocínio, que foi obtido à custa da perda temporária da visão espiritual.
Se é certo que a razão trouxe benefícios de muitas categorias, todavia afastou-lhe a visão da alma das coisas, que antes lhe falava. O crescimento do intelecto, agora a mais preciosa possessão do homem, era considerado com tristeza pelos Atlantes. Lamentavam a perda da sua visão e poderes espirituais que desapareciam na medida em que o intelecto se robustecia.
Entretanto, era necessária a troca dos poderes espirituais por faculdades físicas, para que o homem pudesse funcionar, independente de guia externo, no Mundo Físico que devia conquistar. Em devido tempo, esses poderes serão readquiridos: quando, por meio das experiências, na jornada através do Mundo Físico mais denso, aprenda a usá-lo apropriadamente. Quando estavam em sua posse não tinha conhecimento sobre o seu emprego e eram muito preciosos e demasiado perigosos para serem usados como brinquedos, ou fazer experiências.
Sob a direção de uma grande Entidade, a raça semita original foi levada para Leste do continente Atlante, através da Europa, para a grande extensão das esterpes da Ásia Central, atualmente denominada Deserto de Gobi. Ali foi preparada para converter-se na semente das sete raças da Época Ária, dando-se-lhe potencialmente as qualidades que deviam ser desenvolvidas por seus descendentes.
Durante as idades anteriores (desde o começo do Período de Saturno e através dos períodos Solar e Lunar, até as passadas três revoluções e meia do Período Terrestre, Épocas Polar, Hiperbórea, Lemúrica e a primeira parte da Atlante) o homem foi guiado por Seres Superiores, sem que pudesse fazer a menor escolha porque, nesses tempo, era incapaz de digirir-se, não tinha ainda desenvolvido mente própria. Por fim, chegou o tempo de começar a guiar-se por si, a fim de prosseguir no desenvolvimento futuro. Devia aprender a ser independente e assumir a responsabilidade dos seus próprios atos. Anteriormente, era obrigado a obedecer às ordens do seu Senhor ou Regente; agora, devia separar seus pensamentos dos visíveis guias, os Senhores de Vênus, a quem adorou como mensageiros de Deus e dirigi-los à idéia do verdadeiro Deus, Criador invisível do Sistema. O homem devia aprender a adorar e a obedecer às ordens de um Deus a Quem não podia ver.
O Guia chamou o povo. Reunindo, dirigiu-lhe a palavra de forma que assim podemos expressar:
"Anteriormente, vistes Aqueles que vos guiavam. Sabeis porém, que há Guias de maiores graus de esplendor, superiores aos primeiros, que nunca vistes mas que vos guiaram sempre, grau a grau, na evolução da consciência.
Exaltado e acima de todos esses Seres gloriosos está o Deus invisível, criador do céu e da terra sobre a qual estais. Ele quis dar-vos domínio sobre toda a terra, para que possais frutificar e multiplicar-vos nela.
Deveis adorar a este Deus invisível mas adorá-Lo em Espírito e Verdade, e não fazer nenhuma imagem d'Ele, nem procurar pintá-Lo semelhante a vós, porque ele está presente em todas as partes e além de toda comparação ou semelhança.
Se seguirdes os Seus preceitos Ele vos abençoará abundantemente e vos cumulará de bens. Se vos afastardes dos Seus caminhos, os males virão sobre vós. A escolha é vossa. Sois livres, mas devereis sofrer as consequências de vossos próprios atos".
A educação do homem efetua-se em quatro grandes etapas. Na primeira age-se sobre ele, de fora, enquanto permanece inconsciente. Depois, é colocado sob a direção dos Mensageiros Divinos e Reis, a quem vê, e a cujas ordens deve obedecer. Em terceira etapa ensina-se-lhe a reverenciar as ordens de um Deus a Quem não vê. Finalmente, aprende a elevar-se sobre toda ordem, a converter-se em uma lei em si mesmo. Conquistando-se a si, aprende a viver voluntariamente, em harmonia com a Ordem da Natureza, que é a Lei de Deus.
Quatro são também os graus que o homem segue até chegar a Deus.
No primeiro, por meio do medo, adora a Deus a Quem começa a pressentir, fazendo sacrifícios para agradá-Lo, como fazem os fetichistas.
Depois, aprende a olhar a Deus como um Doador de todas as coisas e a esperar d'Ele benefícios materiais, agora e sempre. Sacrifica por avareza, esperando que o Senhor lhe dê cem por um, ou para livrar-se do castigo imediato, como pragas, guerras, etc.
Logo, ensina-se ao homem a adorar a Deus com orações e a viver em boa vida, a cultivar a fé num Céu onde obterá recompensas no futuro, e a abster-se do mal, para que possa livrar-se do castigo futuro do Inferno.
Por último, chega a um ponto em que pode agir bem sem pensar na recompensa ou no castigo, simplesmente porque "é justo agir retamente". Ama o bem por ser o bem e procura ordenar sua conduta de acordo com este princípio, sem ter em conta seu benefício ou desgraça presente, ou os resultados dolorosos em algum tempo futuro.
Os semitas originais chegaram ao segundo destes graus. Foram ensinados a adorar um Deus invisível e a esperar recompensas em benefícios materiais ou castigos em aflições e dores.
O Cristianismo Popular, é o terceiro grau. Por última grau, o Cristianismo Esotérico e os alunos de todas as escolas de ocultismo estão procurando alcançar o grau superior. De modo geral, será alcançado na Sexta Época, a Nova Galiléia, quando a religião Cristã unificadora abra os corações dos homens, assim como o entendimento está agora sendo aberto.
Os Acádios foram a sexta e os Mongóis a sétima das raças atlantes. Estes desenvolveram ainda mais a faculdade de pensar, mas seguiram linhas de raciocínio que os desviaram mais e mais da corrente principal da vida em desenvolvimento. Os Sino-Mongóis sustentam até hoje que esses meios antiquados são os melhores. O progresso requer constantemente novos métodos e adaptabilidade para conservar as idéias em estado fluídico. Em consequência dessa falta, essas raças decaíram e degeneraram, junto com o restante das raças atlantes.
Conforme as pesadas neblinas da Atlântida se condensavam cada vez mais, a crescente quantidade de água foi inundando gradualmente esse continente, destruindo a maior parte da população e os vestígio da sua civilização.
Um grande número de Atlantes salvou-se. Afastando-se do continente que submergia nas inundações, alcançou a Europa. As raças mongólicas são as descendentes desses refugiados atlantes. Os negros e as raças selvagens de cabelo duro e encarapinhado são os últimos descendentes dos lemurianos.
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