ESTARÁ PARA BREVE O FIM DO ANTIGO TESTAMENTO?
- EDUARDO AROSO
Esta é a
pergunta que se pode fazer em relação a atitudes globais da humanidade. Tal como
há milhares de anos atrás, quando o homem via Deus a guiar os “seus” exércitos
contra o país inimigo, também ontem mesmo um general superior (o que já
acontecera com o presidente) do país que neste momento conduz a actual guerra,
dizia: «Deus proteja os nossos soldados!» Esperemos que seja a última vez
que um país assim pense, e bem assim todos os outros. Por outro lado, a
implantação global do Novo Testamento já começou num pensamento-semente,
que tem sido as muitas manifestações contra a guerra. O que Max Heindel anunciou
deve estar iminente: a descoberta de um outro planeta. O último a ser
descoberto, Plutão, inaugurou uma época que o homem do século XX conduziu mal em
muitos aspectos – na energia nuclear, na sofisticação da técnica para fins
egoístas, na má gestão de recursos naturais e de produção, no incremento da
pesquisa médica e biológica, no fabrico de armas... expressões estas aplicáveis
a Plutão. Parece-nos que este “descontrolo” de Plutão será remediado com a
descoberta do tal décimo planeta que, de algum modo, se pode considerar uma
oitava superior do referido Plutão.
Dado que a
presente guerra a todos e a tudo está a atingir, sem que se perca a serenidade e
a certeza da centelha divina em nós, parece benéfico considerarmos a sábia
lei da analogia. O facto de estes acontecimentos mundiais eclodirem no
Equinócio da Primavera deve-nos fazer pensar.
1. As já
referidas manifestações contra a guerra (expressões tão alargadas à escala
planetária como jamais se viu) são uma espécie de pensamento semente, no
momento em que simbolicamente este tempo é (para o hemisfério norte) o das
sementeiras, o começo da primavera.
2. O mesmo se
poderá dizer quanto à guerra em si mesma. Todas as guerras profundas estão
implicadas ocultamente. No caso da guerra actual também parece ser evidente,
embora devamos sempre aspirar à paz. Do mesmo modo, quando alguém com um destino
muito pesado se abeira de nós, e mesmo que pela astrologia, intuição ou
clarividência saibamos do seu carma, certamente que tudo faremos para aliviar a
carga desse nosso irmão, todo o gesto luminoso, por simples que seja, é
certamente reflexo da graça de Cristo. Portanto, o facto de a guerra eclodir
precisamente no equinócio leva-nos a crer que ela tem fortes implicações
ocultas.
Assim, as
energias deste início de primavera, como as poderemos entender quanto ao estado
actual do mundo? Parece-nos que estas energias crísticas, atingindo a superfície
da Terra, estão a operar uma catarse ou purgação espiritual, não só no país que
sofre o confronto da guerra, mas sobretudo na mente do homem que clama
(impropriamente) por uma «nova ordem mundial», pois a ordem espiritual não se
altera, mas apenas a nossa reacção a ela.
3. Seja como
for, o Sol está a entrar no signo de Carneiro, o recomeço. Sendo as energias
deste signo, pioneiras e empreendedoras, são todavia ainda o primeiro impulso,
evidentemente com algum primitivismo. Isto também explica o revivalismo
negativo de atitudes de certos líderes mundiais. Poderemos adquirir algum
discernimento de tudo isto se procurarmos o ponto oposto – o signo de
Balança regido por Vénus, planeta dos relacionamentos e que inaugura o hemiciclo
do horóscopo que trata das relações humanas e do gradual amadurecimento do ser
humano até à mestria final. Se quisermos raciocinar astrologicamente, em algum
tempo futuro há que esperar um novo acontecimento mundial precisamente no
equinócio do outono (entrada do Sol em Balança). A assinatura de um grande
tratado mundial de implicações nunca vistas? Um novo conceito de diplomacia?
Seja o que for, será certamente a consequência de uma energia oculta, até porque
o equinócio representa a entrada de energias crísticas no
planeta.
4. Outro ponto
a considerar é que o país alvo desta guerra, o Iraque (de forte vibração
plutónica) é um espaço físico e cultural que, em eras passadas, foi berço da
humanidade. Embora na actualidade, sob o ponto de vista evolutivo esteja noutra
situação, não deixa de pelo menos magneticamente de ser um OVO – o começo ou
recomeço de toda a vida. Este embrião, que foi de facto a nossa civilização,
está a ser mexido ou remexido numa época de equinócio, como já se disse, tempo
de todos os recomeços. Mas este recomeço aplica-se muito mais à urgente
reflexão de todas as nações. A lição é global e de muito maior alcance do
que aquela do homem ter pisado solo lunar. Aliás, o anacronismo de acções como
esta e os instintos bélicos desse mesmo país de pioneiros espaciais, expressa
sintomas adolescentes, uma falta de amadurecimento característico da juventude –
a pretexto de generosidade, comentem-se disparates que mais tarde têm que ser
corrigidos.
5. Outra
analogia podemos aplicar: assim como o ser humano espiritualmente evoluído tem
mais obrigação para como os seus irmãos («a quem muito é dado, muito lhe será
pedido»), também uma nação que se reclama de pioneira e defensora das liberdades
tem uma obrigação internacional mais acrescida. Existem os chamados carmas
individuais e os carmas colectivos. Um país assim não deve ver numa instituição
tão importante como é (ou tem sido) a ONU, e a quem nunca deu ouvidos, «apenas
algo para sarar as feridas dos refugiados e arrumar os destroços», expressão
utilizada hoje mesmo por um comentador português.
Parece-nos
oportuno finalizar com excertos do livro de Alice A.Bailey, Problemas da
Humanidade.
Não há, da
minha parte, nenhum sentimento de animosidade contra nenhum povo ou raça. Esta é
a base de partida. Mas sendo a Fraternidade Rosacruz uma Escola Preparatória de
uma Ordem Ocultista (a Rosacruz) há que cultivar o estudo, a imparcialidade e a
objectividade, tanto quanto seja possível, em atitude de equanimidade tão
necessária, como aconselhava Max Heindel. Aliás os presentes acontecimentos,
mostrando o que estava escondido (a desocultação produzida por Plutão) vêm
trazer a todas as nações essa hipótese de uma visão mais imparcial e ao mesmo
tempo mais justa. No capítulo I A reabilitação psicológica das
nações, do referido livro Problemas da Humanidade, e sendo este
escrito de 1947, hoje sentimos estas palavras perfeitamente
actuais:
«O problema
psicológico com o qual se confrontam os Estados Unidos é o de aprender a ombrear
as responsabilidades mundiais. O povo americano – ao sair da adolescência – deve
aprender as lições da vida através da experimentação e da experiência
resultante. Essa é uma lição que todos os jovens devem aprender. ( ... ) Como
todos os povos jovens, falando simbolicamente, o povo dos Estados Unidos mostra
todas as características da adolescência. Mais uma vez simbolicamente, o povo
dos Estados Unidos está entre os dezassete e os vinte e quatro anos. Ele grita
por liberdade, e ainda não está livre; recusa que se lhe diga o que fazer,
porque isso infringe os seus direitos; no entanto, com frequência se deixa
conduzir por políticos e pelos incompetentes [sublinhado nosso]; seus
cidadãos são muito tolerantes, e contudo muito intolerantes quanto às outras
nações; estão prontos para dizer às outras nações como lidar com os próprios
problemas, mas ao mesmo tempo até agora não oferecem evidência de que sabem
cuidar deles próprios». Conclui Alice Bailey: « A ordem deve ser estabelecida
nos Estados Unidos e essa ordem virá quando a liberdade for interpretada em
termos de disciplina voluntária. (...) Como todos os povos jovens, os americanos
sentem-se superiores às outras nações mais maduras; eles estão prontos a pensar
que têm um idealismo mais elevado, uma visão mais saudável, e um amor à
liberdade maior do que outras nações. (...) O americano é inteiramente crítico
para com os outros povos, mas muitas vezes cego para uma sempre ressentida
crítica. Contudo, há tanto a criticar nos Estados Unidos quanto em qualquer
outra nação; todas as nações têm uma vasta limpeza da casa à sua espera
[sublinhado nosso]e a dificuldade actual é que precisam fazê-lo enquanto dão
estreito cumprimento às suas relações internacionais. Nenhuma nação pode viver
para si mesma hoje em dia».
Que renascer
dentro da humanidade traz esta guerra em equinócio da Primavera? Que outra
Sagração da Primavera se abre em flor oculta neste mundo tão
ferido?
Um abraço de
Paz
Coimbra, 22 de Março de
2003
Eduardo Aroso
CONNECTIONS : Essays and Poetry by Elsa M. Glover
[Home] [Fundamentos] [Atividades] [Literatura] [Temas Rosacruzes ] [Biblioteca Online] [Astrologia] [Informações]
Fraternidade Rosacruz Max Heindel - Centro Autorizado do Rio de Janeiro
Rua Enes de Souza, 19 Tijuca, Rio de Janeiro, R.J. Brasil 20521-210
Telefone celular: (21) 9548-7397 - E-mail: rosacruzmhrio@gmail.com
Filiada a Rosicrucian Fellowship
2222 Mission Avenue, Oceanside, CA 92054-2399, USA PO Box 713, Oceanside, CA 92049-0713, USA (760) 757-6600 (voice), (760) 721-3806 (fax)
Arabic | Bulgarian | Deutsch | Dutch | English | Español | Finnish |
Français | Italiano | Polish | Português | Rumanian | Russian | Svenska |
Copyright(c) The Rosicrucian Fellowship. All rights reserved.
_____________________________________________________________________________________________________________________________
|
|
|