São Jorge
Embora sejam acontecimentos de séculos passados (mas a VIDA contém todos os tempos!), não resisto à curiosidade de “juntar uns cordelinhos” sobre S. Jorge, já que este nome, não se sabe porquê, veio ter connosco...
O que representará esta misteriosa figura na História de Portugal e quiçá mundial? Comecemos por este pormenor, referido em Dicionário de Santos de Donald Attwater (publicações Europa-América), pág. 249:
«Pode ter sido nomeado padroeiro nacional [Reino Unido] quando o rei Eduardo III fundou a Ordem da Jarreteira sob a sua protecção, c. 1348».
Ora, nós sabemos que a alusão a esta Ordem encima a célebre Janela do Capítulo do Convento de Cristo em Tomar, verdadeiro teclado simbólico e universal da não menos misteriosa “gramática das Descobertas”. Assim, a nossa tradicional aliança com a Inglaterra não terá por padrinho secreto alguém como S. Jorge? Que papel decisivo terá tido esta figura na nossa História, isto é, no nosso Destino?
Tudo leva a crer estar associado ao mais decisivo momento da vida portuguesa que é a Aljubarrota. A este propósito vejamos o que nos diz Agostinho da Silva na quiçá mais importante das suas obras Reflexão:
«...vejo eu Aljubarrota como a maior batalha histórica, a par daquela outra em que Constantino venceu Justiniano. Não apenas por isso, no entanto. Mas igualmente porque é só em Portugal que as outras nações da Península podem ver uma esperança e um ponto de apoio para uma futura liberdade».
A velha aliança de Portugal com a Inglaterra, o aparecimento de D. Filipa de Lencastre em Portugal - mãe da Inclita Geração, daquela inigualável Dinastia de Aviz – e o destino de Portugal em Aljubarrota, onde se diz ter chamado por S. Jorge, nada disto terá sido acaso. Ainda hoje existe a terrinha chamada S. Jorge.
Na página 150 de História Misteriosa de Portugal (ed. Pergaminho) de Victor Mendanha, lemos:
«conduzidos por Nun’Álvares bradavam, invocando: - S. Jorge por Portugal. S. Jorge por Portugal...».
Se a figura de S. Jorge está (?) nos corredores secretos da Rosacruz, então não será difícil ver a ligação com Nun’Álvares. Aliás esta misteriosa figura de santo e guerreiro (palavras que se poderiam traduzir por coração e mente, se entendermos a palavra guerreiro no melhor sentido) está ligada à secretíssima Ordem de Mariz, que, segundo alguns, sabe o porquê da existência de Portugal.
Na página 123 de História Oculta de Portugal (ed. Madras S. Paulo) de Vitor Manuel Adrião, lemos:
«Nuno Álvares Pereira é o Intermediário entre a Terra e o Céu, a expressão humana da Shekinah e assim possuindo atributo idêntico ao tibetano Tulku, isto é, “Veículo de uma Presença Superior”.
É o Pontífice Eleito, conforme indica a etimologia da palavra, interpretada por S. Bernardo como “ponte entre Deus e o Homem”. Tal qual como S. Miguel, o Grande Pontífice é Príncipe de Clemência (o Monge) e Príncipe de Justiça ( o Guerreiro)».
Na página 121 pode ler-se:
«Quase um ano após a Batalha de Aljubarrota (1385), firma-se a Aliança Gaélica Portugal-Inglaterra, cujo Tratado de Windsor será confirmado nas Cortes de Coimbra em 1386, pelo reconhecimento dos acordos estabelecidos no ano transacto. Disto todos sabem mas, na razão profunda, afinal qual seria a intenção velada, todavia audaz e ampla, das Ordens de Aviz e de Cristo em se unirem à da Jarreteira dos Lencastres britânicos, por cujas veias corria a mais fina essência da Linhagem Arturiana?»
Por outro lado o Infante D. Henrique fundara a Ordem do Cardo, uma réplica da Ordem da Jarreteira. Porquê esta espécie de “sucursal” no início de uma dinastia que iria acelerar extraordinariamente a gesta das Descobertas?
Pessoa deve ter compreendido boa parte desta questão, a julgar pelo modo como a enfatiza em Mensagem. E melhor do que as minhas, é melhor ficarmos com as palavras do poeta, ao mesmo tempo fazendo a pergunta :
- Que sentido fará tudo isto com S. Jorge?
Cada um responda por si.
D. Filipa de Lencastre |
Nun’ Álvares Pereira |
Que enigma havia em teu seio Que só génios concebia? Que arcanjo teus sonhos veio Velar, maternos, um dia?
- Fernando Pessoa |
Mas que espada é que, erguida,Faz esse halo no céu? É Excalibur, a ungida, Que o Rei Artur te deu.
- Fernando Pessoa |
Fraternalmente,
Eduardo Aroso
Home][Fundamentos][Atividades] [Literatura] [Temas Rosacruzes ] [Biblioteca Online] [Informações]
Fraternidade Rosacruz Max Heindel - Centro Autorizado do Rio de Janeiro
Rua Enes de Souza, 19 Tijuca, Rio de Janeiro, R.J. Brasil 20521-210
Telefone celular: (21) 9548-7397 - E-mail: rosacruzmhrio@gmail.com
Filiada a Rosicrucian Fellowship
2222 Mission Avenue, Oceanside, CA 92054-2399, USA PO Box 713, Oceanside, CA 92049-0713, USA (760) 757-6600 (voice), (760) 721-3806 (fax)
www.rosicrucian.com www.rosicrucianfellowship.org
Arabic | Bulgarian | Deutsch | Dutch | English | Español | Finnish |
Français | Italiano | Polish | Português | Rumanian | Russian | Svenska |
This Website hosted for free by @MacarloHost.Net
Atualizado em 22 de maio de 2009
All rights reserved.