Cristo Jesus
Os Quatro Evangelhos constituem as principais fontes de informação relativas a vida de Jesus Cristo. Também existem Evangelhos Apócrifos que foram descartados , contendo fragmentos de história, e algum material evidentemente alegórico. O Talmud Judeu menciona um Jesus que predicava em Nazaré e na Galiléia, que teria sido apedrejado até a morte por suas heresias. Parece todavia que o Jesus do Talmud (Jehoshua) teria vivido cerca de 100 a.C. Os escritos dos padres pré-Nicenicos contêm algumas tradições presumivelmente derivadas das fontes do primeiro século. O mais importante destes registros foram descobertos em Irenaeus. Há um breve relato em Josephus, cuja autenticidade todavia tem sido questionada. Também foram encontradas algumas menções em fragmentos de documentos cristãos do terceiro e quarto século de nossa era, todavia Jesus teria sido ignorado pelos mais importantes historiadores de sua época. Tomando tudo isto, os Evangelhos permanecem como a única exposição sistemática de sua vida e seus trabalhos. Os mais importantes registros paralelos aos Evangelhos, são os escritos Gnósticos; todavia neles Cristo é tratado de forma mais simbólica que histórica, e eles não são contemporâneos.
Discutindo a natureza de Cristo, Manly P. Hall destaca que “os padres da Igreja Cristã Primitiva reconheciam uma diferença entre Jesus e Cristo. Jesus foi um Adepto Nazareno cuja iluminação teria ocorrido na época do seu batismo por João Batista. O Cristo é o Espírito da Verdade Universal, e ser “cristianizado” significa ser iluminado ou ter aberto as faculdades internas da realização espiritual. Jesus o cristianizado ou Jesus o Cristo, significa portanto Jesus o Iluminado ou Aquele sobre o qual desceu o Espírito da Verdade.”
Há um perfeito paralelo na história de Buda. O jovem príncipe indiano foi chamado Sidharta Gautama. Sob uma árvore recebeu a Iluminação . O Espírito da Verdade, “Buddhi”, que é a sabedoria universal, desceu sobre ele, ou mais precisamente, foi irradiado de sua própria natureza, tornando-o Gautama Buddha – Gautama o Iluminado.
Quando Jesus proclama que o Pai estava nele, isto não significa que o Deus Todo Poderoso Criador do Universo se encarnara somente e inteiramente dentro de um único homem; nem significa que o Princípio Universal de todas as coisas não está presente em todas as criaturas. Significa que através da realização espiritual tinha alcançado a consciência de Sua Unidade com a Verdade, ou Realidade Universal.
Manly P. Hall advoga que “o termo Cristão deveria ser limitado àqueles que receberam a luz interior, e não deveria designar os membros de uma congregação ou qualquer movimento teológico. Um homem não é um Cristão até que Cristo nasça dentro de si, ou seja até que a sabedoria, a virtude, a integridade, e o entendimento façam parte de sua própria natureza”.
Ainda relativo a questão se a natureza de Cristo-Jesus era divina, ou humana, ou parte divina e parte humana, em Mitologia, a diferença entre os seres divinos e os seres humanos é que os seres divinos são imortais enquanto os seres humanos são mortais. Também existem seres semi-divinos que procedem de uma linhagem mista, divina e humana, que são mortais , porém dotados de grandes poderes. Todavia,” quando os mitos são interpretados”, escreve Elsa Glover, “ todas as suas características representam aspectos de cada um de nós. Então, todos nós temos partes mortais e imortais. Se nos tornamos “herois”, as partes imortais de nosso ser devem se unir com e trabalhar junto às partes mortais. É legítimo postular que Cristo-Jesus ( entre todos nós ) tenha uma parte humana e divina”.
A natureza e missão de Cristo constituem um dos capítulos mais controvertidos da literatura esotérica. Há vários aspectos não excludentes que merecem ser considerado. Na obra de Max Heindel, Rudolf Steiner, Corinne Heline, Alice Bailey e Eduardo Schure, encontramos aproximadamente, com algumas variações, que Jesus foi um Grande Iniciado, que tendo atingido como Buda a iluminação ou consciência crística, foi também instrumentado como mediador do ingresso de um dos Raios ou manifestações do Cristo Cósmico ou Logos Solar, em sua missão singular em nossa esfera planetária.
Segundo Max Heindel, era necessário encontrar-se um ser tão puro e santo, que cedesse espontaneamente seu corpo ao Arcanjo Solar Cristo, que precisava utilizá-lo para sua missão especial em nosso planeta, libertando-o das forças cristalizadoras então dominantes. O Mestre Essênio Jesus, que havia encarnado anteriormente como Salomão, foi escolhido para esta elevada missão, cedendo seus Corpos Físicos ( denso e vital ou etérico ) ao Hóspede Celeste. Foi batizado no rio Jordão e, ao emergir da água, desceu dos céus sobre Ele o grande Espírito de Cristo, e compenetrou-O, prenchendo-O de poder espiritual. Após esse grande Mistério, Jesus foi chamado Cristo-Jesus. Foi Ele o mais santo homem que jamais viveu sobre a Terra, e tornou-se o Salvador da humanidade. Mas sua missão não terminou no Gólgota, ciclicamente um Raio do Cristo Cósmico penetra no Centro da Terra a cada ano, purificando o nosso planeta.
Cristo, o mais alto Iniciado dos Arcanjos, nunca havia construído previamente corpos físicos ( denso e vital ) servindo-se dos veículos cedidos pelo Mestre Jesus a partir do Batismo no Jordão. Para diferenciar tal episódio dos fenômenos de possessão, quando entidades desencarnadas tomam corpos humanos, Alice Bailey utiliza o termo mediação, que só se aplica ao Iniciado, em vez de mediunidade, termo extensivo muitas vezes aplicado impropriamente a ambas categorias e as vezes relacionado com a instrumentação involuntária a partir do plexo solar..
A presença dos Reis Magos, provenientes das Raças Negra, Branca e Amarela, mostra a Universalidade da Missão de Cristo-Jesus. Mas como disse Ângelus Silesius:
“Ainda que Cristo nasça em Belém mil vezes, e não dentro de ti mesmo, tua alma seguirá perdida. Em vão olharás a Cruz do Gólgota, até que ela seja erguida dentro de seu coração”
Cristo ofereceu-se a si mesmo em holocausto, num sacrifício vivente no altar da humanidade. Curou e predicou em todo seu ministério o Evangelho do Serviço e do Amor.
Seus verdadeiros discípulos são conhecidos através do exercício do Amor.
“Amai-vos uns aos
outros como eu vos amo. Ide pelo mundo, predicai o Evangelho e curai os
enfermos. Não vos ocupeis com dois pares de sandálias nem dois pedaços de pão
porque bem sabe o amo o que o servo precisa. Construí o Reino de Deus e tudo o
demais vos chegará por acréscimo”.
- Por um Probacionista
CRISTO JESUS E SUA MISSÃO | ||||||
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