PÉTALA I
JESUS, JESUS-CRISTO E CRISTO
CREDO E CRISTO
Não ama a Deus quem, ao semelhante,
odeia e lhe espezinha a alma e o coração.(...)
O Amor de Cristo a ambos nos envolve, a mim e a ti.
Seu puro e doce Amor não está confinado
pelos credos que separam e elevam muralhas.
O Seu Amor envolve e abraça toda a Humanidade.(...)
Então porque não lhe seguimos a palavra?
Porque atermo-nos a Credos que desunem?
Só uma coisa importa, atentemos:
é que cada coração seja repleto de fraternal Amor.(...)
- Max Heindel (1865-1919), Conceito Rosacruz do Cosmo (1)
Com mente aberta, livre, com Puro Amor, vamos investigar, discernir, meditar sobre esse maravilhoso livro a Bíblia; sobre os Evangelhos Apócrifos; sobre os Essénios, sobre outras Escolas verdadeiramente Iniciáticas; vamos reflectir sobre os ensinamentos cristãos, embora conscientes que Cristo nada escreveu.
Nesta valiosa actividade, vamos seguir os ditames do nosso coração, com o amigo leitor e com a amiga leitora que aspira à Luz e à construção do Reino de Cristo, meditemos sobre diversos aspectos da vida e obra de Jesus, de Jesus-Cristo e de Cristo.
Porque é que focamos estes três nomes distintos?
Então, afinal, Cristo e Jesus não são uma só Pessoa? Não, caros amigos e caras amigas!!!
1) O Conceito Rosacruz do Cosmos, cujo original foi escrito em inglês, neste momento, está traduzida em alemão, checo, espanhol, francês, holandês, italiano, polaco, português, romeno, russo, sueco e turco.
Temos consciência que estas faces da Verdade podem gerar alguns ódios para connosco.
Contudo que fique bem claro: jamais com estas meditações desejamos ofender seja quem for, muito menos os irmãos e irmãs das Igrejas do Cristianismo exotérico; estou ligado à Igreja Católica com sede em Roma, todavia, procuramos seguir os puros ideais e ensinamentos de Cristo que podemos ler ainda em S. Francisco de Assis como em Santo António, no Padre António Vieira e em tantos outros.
Quando Santo António, Magno, falou em seu douto sermão sobre a Vida religiosa em degradação que…Se um bispo ou sacerdote da Igreja estiver contra um decreto de um Papa seja Alexandre ou Inocêncio é logo alvo de um processo no qual será condenado e excluído, mas que, se qualquer sacerdote cometer um pecado mortal contra os ensinamentos de Cristo, pois não será acusado.
E como estamos em nossos dias?
Quando este Santo, que devemos venerar e seguir, afirma que o Reino dos Céus é o do Amor e não o das riquezas mundanas, estamos ou não a seguir Cristo em obras e em Verdade? O que fazemos? Quando ele foca que se devem celebrar missas por amor e não por dinheiro, afinal o que praticamos?
Muito mais podíamos lembrar sobre os seus iluminados sermões. Leiam, por favor, meditem sobre os seus maravilhosos ensinamentos, desde a simbologia da Arca de Noé em que esclarece que os cinco compartimentos são os cinco sentidos.
Com efeito, António tinha total razão, jamais alguma arca podia encerrar milhões de espécies desde animais às plantas.
Portanto, quando se procura encontrar o local da Arca e eventuais restos, nada tem surgido, nem nada irá alguma vez aparecer. É um símbolo ligado ao corpo humano, o templo do deus interno, parte do Deus Macrocosmo.
Vem isto a propósito que esperamos de todos a maior tolerância; que embora este tema possa escandalizar muitos irmãos, apenas aspiramos à verdade, doa ela a nós mesmos, difundi-la, consciente que infalível só o Absoluto.
Perseguir alguém só porque não pensa como nós, mesmo que seja uma maioria mais ou menos temporal, é tomar atitudes anticristãs.
Tenhamos sempre presente que aquele que disser que ama a Deus e odiar o seu irmão, jamais O ama. (Palavras de Cristo, o Senhor do Amor e da Luz,)
Basta de tantas hipocrisias, de tantas farpas pelas costas, de tantas censuras mais ou menos veladas, de tantos ódios, alguns recebidos ainda nesta vida, quando se procura pedir perdão das gravíssimas faltas para com os irmãos e irmãs que foram alvo das barbaridades inquisitoriais.
As questões aqui apresentadas já foram alvo de debates entre os primitivos cristãos. Continuam nos tempos actuais.
Todo o mundo sabe que, no Concílio de Éfeso, em 431, foram concebidos vários dogmas; entre eles: 1) a Virgem Maria tinha o direito de ser chamada mãe de Deus; 2) em Jesus Cristo estavam as duas naturezas, divina e humana, reunidas numa só pessoa.
Para que compreendamos melhor toda esta temática, temos de ir até aos textos bíblicos, ao Antigo Testamento e ao Novo Testamento como a outras fontes que mereçam autenticidade e veracidade.
Quanto ao Antigo Testamento não há uma única linha do texto original.
Esta verdade cada vez mais reconhecida e divulgada por todos quantos a procuram acima dos nossos desejos ou preconceitos, embora coloque alguns problemas sobre a veracidade dos conteúdos, contudo os diversos textos encerram enorme valor sobre vários aspectos da vida humana, como sobre cosmologia, filosofia e até sobre medicina!
Também a comparação entre os textos mais antigos escritos em hebraico, com os manuscritos encontrados, recentemente, nas cavernas do Mar Morto, confirmam que aqueles têm um bom nível de autenticidade, embora com alguma relatividade.
Por outro lado, o uso inicial do alfabeto hebraico, consoantal, em que só eram usadas as consoantes, contribuiu para alguns erros na sua interpretação quando foi efectuada a vocalização, isto é, a introdução de vogais, caso da tradução de costela de Adão e outros, como dificultou uma correcta acentuação o que originou novos erros.
Embora os Massoretas, especialistas em conservar a tradição oral ou massora, tenham procurado fazer esse trabalho acima referido o mais perfeito possível, todavia tiveram enormes dificuldades em harmonizar a tradição oral com a escrita.
Por isso, os diversos livros do Antigo Testamento têm de ser analisados com muita profundidade e com mente aberta, evitando, porém, a crítica destrutiva.
Também a eliminação de alguns textos considerados apócrifos, em nossa opinião, não devia ter sido realizada. Nada deve ser eliminado só porque não está em sintonia com o que foi convencionado como sendo a Verdade.
Outro aspecto que devemos considerar é que a Bíblia não é um livro aberto, ele está cheio de alegorias, de símbolos, de mitos astronómicos, de astrologia, no qual com muita frequência foi usada a cabala judaica e cristã.
Logo. temos de ser muito prudentes na interpretação deste texto, que exige conhecimentos em diversas áreas. Por exemplo, a interpretação por meio da Cabala, da Guimátria, uma mistura de geometria e de metafísica, conduz-nos por um caminho pleno de Luz, em que se descobrem verdadeiras pérolas espirituais nas conchas que enchem este livro, qual mar de sabedoria divina, sem fundo e sem limite…
Como todas as línguas sofrem diversas influências culturais de outros idiomas, no caso, o hebraico antigo, temos de analisar as diversas línguas semitas entre as quais surgem o fenício, o ugarítico, o aramaico, este ligado aos textos de Daniel e Esdras, o etiópico, até ao egípcio e ao acadiano, ligado à Babilónia, língua da cultura antiga da Mesopotâmia o que exige uma vasta preparação.
Vamos a casos concretos.
Já Voltaire tinha reconhecido que a palavra Elohim estava no plural! Alguns investigadores de renome consideram que esta palavra está ligada ao Pentagrama, ou seja à Estrela de 5 pontas, à Vida UNA e Única, nome que tem o valor numérico de 5!!!
Max Heindel em sua magistral obra O Conceito Rosacruz do Cosmo, no Capítulo XIV, por sinal igual a 5, Análise Esotérica do Génesis, esclarece que estamos perante Seres Divinos com capacidades dos dois pólos: feminino e masculino. Assim, temos a raiz Eloh que é do género feminino, letra h, ao qual foi acrescentado o sufixo im indicativo de plural masculino. Por isso, ainda no Primeiro Capítulo do Génesis, versículo 26: Façamos o ser humano à Nossa imagem e mais à frente, em versículo 27, Ele os criou macho e fêmea.
Analisando os textos do Antigo Testamento vamos encontrar vários ensinamentos sobre o Renascimento como acerca da Lei da Causa e do Efeito.
Vejamos.
No versículo 28 ainda do primeiro Capítulo: há traduções que têm: …enchei e dominai a Terra; contudo há outras versões em que surge: Fortificai e Repovoai a Terra. Note-se no prefixo RE antes de povoai a Terra. Isto indica que já antes, num Período indefinido de miríades de anos, traduzido por Dia, os seres humanos habitaram o globo em outras condições ambientais.
Nas profecias de Job, em Capítulo 5, versículo 6: Nenhuma coisa sucede neste mundo sem uma causa. É ou não evidente que o autor se está referindo à Lei da Causa e do Efeito que Cristo, mais tarde, confirmou, dizendo: O que semeares, colherás?
Mais à frente, no Capítulo 8, versículos 7 a 9: A tua condição anterior será pouca coisa, diante a grandeza da tua situação futura. Interroga as gerações passadas e considera a experiência dos antepassados, porque somos de ontem e não o sabemos. Isto é, já vivemos em vidas anteriores, mas não nos recordamos. Sim, nesta fase não o sabemos, e ainda bem, em tempos futuros tudo será um livro aberto, passado, presente e futuro, porque o tempo não existe nos Mundos Superiores onde Cristo tem os Seus veículos, Tríplice Espírito.
Em Eclesiástico, Capítulo 16, versículo 14: O transgressor não escapará com as suas rapinas, e não demorará a devida recompensa ao que use a caridade.
Embora devamos ter muito cuidado com as interpretações extensivas do texto bíblico, como com as nossas ilações, procuremos analisar as doutas palavras em Levítico, livro ligado ao culto entre os hebreus, mais precisamente no Capítulo 26, versículo3: Se cumprirdes as Minhas Leis, se seguirdes as minhas recomendações e as colocardes em prática, haverá chuvas na sua estação.
Comparemos com a actualidade…
Max Heindel em suas investigações confirma que as causas das tempestades, como das secas, etc, estão nos nossos maus pensamentos, desejos e actos.
Abordemos este tema sob outro ângulo prismático.
Pensemos um pouco, meditemos: afinal, vários profetas, vários Reis de Israel reuniam condições tão especiais não só para profetizar como para governar, para ensinar, para guiar, não nos conduz a uma questão: como adquiriram estas capacidades?
Vejamos em Malaquias, o último dos profetas menores, Capítulo 4, versículo 5: Eis que vos enviarei o profeta Elias, antes que venha o grande dia do Senhor. No caso, Elias reunia condições especiais para cumprir determinada missão. Este facto vemo-lo comprovado pelas sapientíssimas palavras de Cristo em resposta aos seus fiéis servidores: Então porque os escribas disseram que Elias voltará primeiro?
…Elias já veio, e não o reconheceram… e os discípulos sabiam que se estava referindo a S. João Baptista (S. Mateus, Capítulo 17, versículos 10 a 13)
Também em Jeremias, profeta do século VII a.C., lemos em Capítulo 1, na sua vocação, palavras de Javé, ou seja o Espírito Santo, o mais alto Iniciado da onda de Vida dos Anjos com diversas missões, entre as quais as que se referem à reprodução, cujos ensinamentos estão mais ligados ao Antigo Testamento: Antes que fosses formado no ventre de tua mãe, Eu já tinha conhecimento de ti; antes que saísses do ventre materno…te constitui profeta entre as nações.
Deus criava assim seres humanos com estas capacidades invulgares e outros quais monstros e ignorantes?
Se Esse Deus existisse ele mesmo não seria um monstro?
Einstein concluiu do mesmo modo: não acredito no vosso Deus teológico; se Ele existisse seria uma aberração.
O Problema está em cada qual. Seres humanos como Moisés, David, Salomão, este, mais tarde, reencarnou como Jesus, S. José, Virgem Maria e tantos outros do texto bíblico, como se podem ver noutros povos, ao longo da evolução souberam seguir o caminho recto para a libertação, para Deus. Assim é que Jesus surge como o mais alto Iniciado da nossa onda de Vida hominal.
Afirmámos, e é cada vez mais reconhecido, que o texto bíblico está cheio de alegorias, de símbolos, de mitos.
Os mitos com os seus símbolos encerram verdadeiras pérolas espirituais, desde que os procuremos livres de preconceitos e de dogmas, como de convenções sociais.
Por isso, Cristo afirmou que o reino dos Céus, ou seja o Reino do Amor Universal, da Verdade, exige que tenhamos mente de criança, livre, sempre pronta a aprender e a desaprender.
Vejamos, então alguns mitos bíblicos.
Comecemos por Sansão e Dalila, em Juízes, Capítulos 13 a 16.
Bem, o que quer dizer Sansão? Em hebraico, shimshon, oriundo de shemesh, O Sol. Cada qual não tem em si as potencialidades de um sol? O espírito interno, parte do Deus Universal, não tem como raiz, pir, fogo? Como escreveu Camões e não só, O Amor é fogo que arde e não se vê. Como Deus é Amor, também é fogo que arde no nosso interior numa temperatura mais ou menos de 36 graus e meio; quando sobe, é sinal que Deus, o Grande Médico, está purificando os nossos corpos; quando desce, pode conduzir ao nascimento para o santo etéreo monte, porque a Vida que é o Espírito sai com os corpos superiores e adeus temperatura vital.
E onde é que Sansão tem a sua força? Não é nos cabelos? E estes não são o símbolo dos raios solares? E quando é que eles perdem a sua força? Este acontecimento sucede no momento em que o Sol entra no Signo Virgem, Dalila. A partir daqui começa a aproximação não só do Outono como do Inverno, os meses do frio, os Filisteus. Porém, tudo está em Movimento, este é um dos aspectos do Deus Uno, e Sansão, logo que passa esses meses, ganha de novo a Sua força; derruba as grades da prisão e com a sua morte temos a Ressurreição da Vida, de Cristo, no equinócio da Primavera.
Saibamos vencer os filisteus, eles estão em nós, ligados às trevas, ao Inverno, seguindo o único Mestre, Cristo.
Vamos a outro mito astronómico ou astrológico: Jacob, as suas 4 esposas, os seus 12 filhos.
Jacob representa de novo o Sol e as 4 esposas são as quatro fases da Lua. Quanto aos 12 filhos, 11 masculinos e só um feminino, Dinah, ligada ao signo Virgem.
Para a obtenção das faces da verdade sobre este mito temos de analisar em conjunto não só em Génesis, Capítulo 49, como em Deuterónimo, Capítulo 33. Pode parecer que há 13 filhos, mas em boa verdade são apenas 12, porque Simeão e Levi são um par de irmãos, ou seja uma referência ao Signo Gémeos.
Em suma, temos uma alusão não só às 12 Constelações do Zodíaco; como às 12 Casas, às 12 tribos, a toda a Humanidade que vai evoluindo sob estas influências, embora nascendo na Terra, somos cidadãos do Universo.
Com este movimento os Israelitas celebravam as festas cíclicas, relacionadas com o nascimento, a morte e a ressurreição. A Festa da Páscoa, na Primavera; a do Tabernáculo do Deserto, no Outono; a morte de Jacob, no Egipto, símbolo do Inverno, nada tendo a ver com este país pleno de história.
Por outro lado, surgem várias passagens nesta parte do texto bíblico relacionadas com o Messias.
Em Isaías, Capítulo 7, versículo 14: Eis que a Virgem concebeu, dando à Luz, um Filho ao qual lhe chama Emanuel.
Em Miqueias, Capítulo 5, Versículo 2, vemos uma nova alusão à vinda de Emanuel.
Noutras passagens podemos analisar como se referindo mais ou menos claramente ao futuro Messias; voltando às tribos de Jacob, note-se a que se refere ao Leão de Judá. Eis uma alusão a Cristo, o Leão de Judá.
Também, analisando o valor numerológico da palavra hebraica, Mashiach, Messias, surge-nos o valor de 358= 3+5+8=16; 16=1+6=7.
Estamos perante o número das 7 Rosas na Cruz, dos 7 Globos Planetários, dos 7 Períodos, dos 7 Dias da Criação.
Também os nomes Caim, Abel, Seth como Adão são símbolos.
Caim era agricultor, ele representa todos os seres humanos que desde o início da evolução tinham mais inclinação para as artes e ofícios; e a arte agrícola é das mais valiosas e exigente. Tem sido um erro no nosso País e não só, em que há alguns séculos, mais precisamente, há algumas décadas com o aumento do número de estudantes, embora muito reduzido no nosso tempo de juventude, décadas de 40 a 60, em que os pais com vários filhos e com capacidade financeira mandavam os que mais estudavam para o ensino, para os liceus e universidades e os que menos davam ficavam na agricultura, como se esta não exigisse além de boa resistência física, capacidades intelectuais e emocionais especiais. Por sua vez, Abel era pastor, no sentido alegórico, a Bíblia não deve ser interpretada literalmente, representa os que tinham mais inclinação para o sacerdócio, para pastores. Surge a luta fratricida que ainda hoje não foi totalmente ultrapassada, entre as duas correntes. Da morte de Abel viria a surgir um descendente deste ramo: Set.
Adão representa a Humanidade, cujo valor numérico é 9. Note-se este número 45= 4+5=9.
Com o sábio rei Salomão houve uma tentativa de unir as duas correntes entre o mais elevado representante de Set, Salomão, e o de Caim, Hirão Habiff. Contudo, nesse templo místico não foi possível unir as duas correntes, porque a Rainha de Sabá, símbolo da complexa alma humana, não o permitiu.
Note-se a simbologia: o início da sua construção foi no ano 480=4+8+0=12; número das 12 Constelações Zodiacais e das Tribos já focadas e num período de 7 Dias, os 7 Períodos necessários para a involução e evolução até chegarmos à Unidade da Vida como seres omniscientes e omniconscientes.
Entremos no Novo Testamento.
Vamos começar pela Genealogia de Jesus.
Vejamos o Evangelho segundo S. Lucas, Capítulo 3, versículos 23 a 38: vai desde filho de José até David (pai de Salomão) e ao começo, Set, filho de Adão, filho de Deus.
Aqui surge claramente a que ramo pertence Jesus, o mais alto Iniciado da onda de vida humana; Aquele Irmão Maior que, ao longo da evolução mais e melhor soube cumprir as Leis Divinas, unindo em si mesmo as duas correntes, pertencia ao ramo dos descendentes de Set.
Analisemos o Seu nascimento: numa manjedoura, em Belém, filho de José e de Maria, concebido graças ao Espírito Santo, o mais alto Iniciado da onda de Vida dos Anjos (tem a Seu cargo os nascimentos das formas físicas no Mundo Denso); a Adoração dos Magos os quais ofereceram-lhe ouro, incenso e mirra, cujo filho se chamará Emmanuel (Deus está connosco); comparemos os relatos de Mateus, com o de S. Lucas, surgindo os pastores; e ainda algumas passagens dos Evangelhos Apócrifos, como da introdução dos animais, burro e boi e outros, veja-se Isaías, Capítulo 1.
Em primeiro lugar José e Maria eram altos Iniciados, Essénios, José ao longo de vidas construiu o seu templo místico, foi por isso, um construtor, tal como a Virgem Maria, ambos capazes de realizar um acto reprodutivo, e só um, com elevado e puro Amor em que jamais houve algum desejo mas sim o cumprimento de um dever de alto nível. Por isso, Maria continuou Virgem, Pura, quando este estado ainda não existe nos actos de todos nós, nos nossos caracteres. Existem pessoas que estão virgens, isto é, têm os selos, mas estão impuras por pensamentos e desejos.
Fala-se cada vez mais que José e Maria terão tido mais filhos, como Jesus terá casado.
A confusão é enorme, por vários motivos, incluindo porque vivemos numa era de caos, de derrube de dogmas, instituições da Era de Piscis, chegando ao seu final. Nesta fase, os ensinamentos do Cristianismo esotérico, religião da Idade do Aquário estão sendo divulgados, mas o tempo da sua real assimilação ainda não chegou, embora ele esteja para breve.
José era viúvo da essénia Débora, pai de 5 filhos, Matias, Tiago, Judas, Eleazar e Cleofas. Maria, filha de Joaquim e de Ana, era uma jovem muito bela e pura. A união entre estes dois Seres está cheia de Amor Universal, Divino.
Jesus nasce numa manjedoura, mais uma alegoria. No latim a palavra praesepium significa manjedoura, alimento.
E a que hora, dia e ano nasceu Jesus? Bem, foi na noite mais escura do ano, ou seja sob o Solstício do Inverno, à meia noite, quando as Forças Estelares do Signo Câncer, a porta da reencarnação, regido pela Lua, as quais são governadas pelo Espírito Santo, estão no Meio do Céu, lá no alto. Nesta Constelação existe um cúmulo estelar com o nome de Presépio, como as estrelas Aselus, (Burro), Asellus Australis, delta Cancri e Asellus Borealis, Gamma Cancri, como outras, entre as quais a mais brilhante Alpha Cancri, conhecida por Acubene, ligada à cultura espiritual hebraica, como sendo local secreto e à qual nos referimos em nosso trabalho A V VIA RUMO À CIDADE DA ROSA.
Por outro lado, Jesus veio transmitir os seus ensinamentos já sob o começo da Idade de Áries, por isso, Ele é o Cordeiro de Deus. Com estes ensinamentos iniciados com Moisés, o culto a Taurus passou à História, só que ainda hoje temos muitas reminiscências, desde as touradas a outras actividades etnográficas.
O local, Belém, em hebraico, bêth-lehem, quer dizer casa de pão, daí Jesus, o alimento da Vida, o pão anímico para o crescimento evolutivo. Graças a Ele, mais precisamente a Jesus-Cristo a iniciação foi aberta para toda a humanidade.
Quanto ao ano terá sido pelo menos 5 anos antes do nosso calendário, dado que Ele nasceu no reinado de Herodes e este morreu em 4 a.C., logo a data do seu nascimento terá de ser anterior. O erro veio de Dionísio, o Exíguo, monge que foi encarregado no século VI para fixar esse ano, por falta de dados e por deficiente investigação, marcou a data errada que ainda hoje persiste.
Sobre as ofertas dos 3 Reis Magos, símbolos das 3 raças, amarela, branca e negra, Jesus Cristo veio assim para unir todos os povos numa Fraternidade, em que a seu tempo as cores dos corpos serão outras, mais etéreas, mais subtis; Melchior representa a raça amarela; Gaspar, a raça branca; e Baltazar, a negra. As ofertas: oiro, símbolo do espírito universal, transmutação do egoísmo em AMOR; mirra, uma planta aromática que cresce na Arábia. Simboliza a alma. Quando cultivamos as virtudes, as qualidades, as rosas vão florescendo em nossa cruz e irradiam os seus belos aromas perfumados; a outra dádiva, incenso, simboliza o corpo físico, eterizado, por uma vida de consagração ao serviço, em corpo-alma, qual traje nupcial, o pentagrama do símbolo rosacruz, casamento místico, necessário para se viver na Terra do futuro, quando o mundo mais denso deste planeta for o Etéreo. Por isso e não só, como disse S. Paulo: a carne nem o sangue não podem participar no reino de Deus. (1ª Carta aos Coríntios, Capítulo15 versículo 50)
Por último, os pastores e as ovelhas, em pleno Inverno! Mais um símbolo ligado ao sacerdócio, ao Bom e Grande Pastor que é Cristo. Os pastores são aqueles seres humanos capazes de grandes sacrifícios; quantas vezes não têm de se levantar de noite para ajudar os partos das ovelhinhas; quantas privações passam na planície ou na montanha.
Quantos não são poetas populares, mensageiros de Deus, com a sua sabedoria, produto de muito meditar em contacto com a Natureza?
Tem de ser uma pessoa forte para aguentar com as intempéries; dedicada e abnegada para lidar com os nossos irmãos mais novos, os animais; ei-los dormindo numa tenda ou ao ar livre, por vezes apenas com um alforge e um pedaço de pão.
Não deverá ser deste modo que temos de analisar os textos do Novo Testamento? Com mente aberta e investigando diversas fontes, incluindo o Dicionário grego Liddel e Scott, em inglês (está sendo traduzido para português, o que merece todo o nosso apoio e gratidão) pois os restantes que existem, especialmente onde estudámos como jovem, de Isidro Pereira, está cheio de erros e não só.
Por exemplo a palavra grega aion, está traduzida somente por eterno!!! Ora isto está errado; essa palavra indica um tempo limitado, um espaço curto de tempo, uma idade, pode ser horas ou dias ou anos, jamais eterno. Deus sendo omnipotente, como o podia ser, se admitisse que alguns dos seus filhos ficassem perdidos eternamente??? Basta lembrar que não deixa perder nem uma gota de água!!!
Os textos mais antigos do Novo Testamento são as Cartas de Paulo, datando de 48 D.C. Os restantes são posteriores, terão mais 20 anos.
Analisando os evangelhos de Mateus, Marcos e de Lucas as diferenças são poucas, cópias umas das outras, somente o de João é diferente, Este discípulo amado de Cristo é a reencarnação de Hirão Habiff, Ele é Christian Rosenkreuz. Suas ideias estão em sintonia com as dos Essénios.
Tempos virão e breves estão, em que será tudo analisado com clarividência voluntária, criando textos mais próximos da Verdade, com o mínimo de erros, porque infalível só o Absoluto.
Há ainda a acrescentar que os textos do NT foram escritos em grego que não usava pontuação; daí as numerosas interpretações mais ou menos erróneas que temos. Do Evangelho de S. Mateus escrito em hebraico nada existe, só a versão grega!
Por tudo isso, temos de possuir uma MENTE ABERTA PARA A DESCOBERTA DAS FACES DA VERDADE.
Até aos 30 anos Jesus viveu entre os Essénios, até que chegou a Hora Sublime do seu Baptismo, entregando, voluntariamente, os seus corpos, físico e vital a Cristo que, ao longo da evolução, apenas teve o corpo de desejos como o mais denso.
Quando saiu das águas do rio Jordão eis que o Espírito Universal baixou sobre Ele em forma de pomba, passando a ser Jesus Cristo ou
Cristo Jesus, o Salvador do Mundo, o Senhor da Luz e do Amor, que a seu tempo reinará ajudando a humanidade a viver em Fraternidade Universal.
Seu ministério está cheio de mistérios.
Cristo ensinou a Lei do Renascimento em diversas passagens; Cristo foi vegetariano; Cristo amou e ama com uma profundidade incomensurável e teve como discípulos mulheres e homens; Cristo tinha poderes incomensuráveis para vencer seja quem fosse, só que jamais os podia usar para Seu benefício.
Outro ponto algo polémico relaciona-se com a imagem do apóstolo na Sagrada Ceia, trabalho esotérico do Rosacruz Leonardo da Vinci, que tem surgido em livros, especialmente um muito bem ficcionado mas sem rigor científico nem filosófico. Lamentamos que tantos exemplares tenham sido vendidos; no futuro, será colocado a um canto, como algo com pouco valor. Veja-se, por exemplo, como Leonardo pintou S. João Baptista, quadro que está no Museu de Louvre, em Paris. Aí está, algo semelhante à figura de João Apóstolo.
Sobre o credo que vem do concílio acima logo citado pois temos de reconhecer que há algo de valor como o facto de que Cristo Jesus é o único Salvador.
Quanto à pontuação errada, vejamos a passagem sobre as palavras de Cristo na cruz: Em verdade te digo; Hoje, estarás Comigo no Paraíso, como pode ser esta pontuação, se, após a ressurreição, quando Madalena, a primeira pessoa a quem Ele surgiu, uma mulher, mas não Sua Esposa, Ele afirma: Não me toques porque ainda não subi para meu Pai.
Portanto, a pontuação correcta será: Em verdade te digo, hoje; estarás comigo no Paraíso. Ou seja Cristo afirmou naquele Dia, não que nesse momento Ele estaria com o ladrão, mas que iria para esse estado.
Este facto leva-nos aos tempos de estudante, no antigo 7º ano do Liceu, a propósito das Falácias, sobre os sentidos que a frase pode ter devido à pontuação. No caso que se estudava, ligado à cultura grega, à sua forma de escrever.
Um soldado foi consultar um oráculo, era famoso o de Delfos, para saber se morreria na guerra.
A resposta foi: Irás voltarás não morrerás na guerra.
Se colocarmos a pontuação deste modo:
Irás, voltarás, não morrerás na guerra. Eis uma hipótese em que o soldado não nasceria para os mundos superiores.
Mas se for assim:
Irás, voltarás não; morrerás na guerra. Temos, como é evidente, o invés. Estes sofismas jamais se devem usar.
Como se focou o oráculo de Delfos foi um dos mais famosos. O rosacruz Miguel Ângelo colocou a Sibila Délfica no seu maravilhoso trabalho de pintura no tecto da Capela Sistina. Por sinal, no seu pé direito, estão 6 dedos, como sinal da sua capacidade profética!!!
Deixemos este aspecto da cultura grega, regressando ao texto bíblico.
Comecemos por uma questão: Quem são os irmãos de Cristo? A resposta está em S. Lucas, Capítulo 8, versículos 21: Minha mãe e meus irmãos são os que ouvem a Verdade de Deus e a colocam em prática. Como em S. Mateus, Capítulo, 12, versículos 46 a 50: Todo o que fizer a Vontade de Deus que está nos Céus, esse é meu irmão, minha irmã e minha mãe.
Como é evidente quem está falando é Cristo e não Jesus, ser humano.
Sobre a Lei do Renascimento existem várias passagens, diversos ensinamentos, apenas lembramos mais um: a Cura do paralítico de Bezatha, que estava naquele estado há 38 anos. Cristo Jesus depois de o curar recomenda-lhe: Não tornes a errar para que te não suceda algo pior.
Por outras palavras, nem Cristo tinha poder para alterar essa Lei da Causa e do Efeito. Este nosso irmão que errou e muito em vidas passadas tinha equilibrado o débito e crédito de modo a receber a Lei da remissão dos pecados; caso voltasse a transgredir, pois voltaria a adoecer de forma mais grave.
Isto não é vingança alguma, tão só é receber o que se semeia, em Deus só há Amor e mesmo nestes casos o Amor Divino está muito presente, nas nossas provas como quando estamos enfermos. Note-se que Cristo Jesus continua sofrendo com tudo o que está sucedendo.
Só que como diz um provérbio cheio de sabedoria: A quem Deus não açoita é sinal que não perfilha.
É verdade que parece que vemos os bons sofrer e os maus gozar, como disse o rosacruz Camões, mas ele sabia que essa Lei estava certa.
Tudo está em constante mutação e evolução.
Cristo não nos alertou que Obras maiores do que Aquelas que estava fazendo, nós, seres humanos um dia faríamos ainda mais elevadas!!!. Leia-se S. João, Capítulo 14, versículo 12.
Daqui concluímos que, se nós, os que em obras e em Verdade amarmos a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a nós mesmos, iremos fazer obras maiores, nesse Período em que estado não estará Cristo?
Certamente, obrando em planos e actos muito mais sublimes e grandiosos.
Todas as Hierarquias Divinas estão evoluindo no Absoluto, e Este acaba ou não por evoluir na medida em que em Seu seio Universal, Infinito, tudo caminha para a Unidade depois de obter omniconsciência de si mesmo?
A partir da subida ao Pai, Cristo tem estado trabalhando para ajudar a humanidade e não só a libertar-se, Jesus, como Irmão Maior, está cooperando com as Igrejas, enquanto S. João Evangelista, ou melhor ainda Cristão Rosacruz e os 12 Irmãos Maiores da Ordem Rosacruz estão ajudando aos seguidores de Abel a unirem o intelecto com o coração, a fim de se construir a Fraternidade Universal, ou seja o Reino de Cristo que será uma realidade, provavelmente daqui a mais ou menos três mil anos.
Cristo Jesus é assim o único Ser que possui todos os veículos capaz de fazer a ligação entre a Terra e o Mundo de Deus. É por Ele que a união tem lugar.
Graças a Cristo recebemos não só a força física da energia solar, como a anímica, e a ajuda para a libertação. Assim, serão salvos 144 000, o número cabalístico dos eleitos, Apocalipse (Capítulo 7, versículos 4 a 8, os seja 12 000 de cada Tribo, dos filhos de Israel, esta palavra simboliza, os que lutam, trabalham; a que se refere o Antigo Testamento)
Por outras palavras, como o valor da Humanidade, ADM, é igual tanto no hebraico como no grego: A=1; D=4;M=40, eis o número 9, quase totalidade.
Ao longo da evolução muitos miríades já se perderam, não para sempre, como erradamente está escrito, mal traduzida a palavra grega aion, mas por um tempo indefinido, tendo que aguardar por uma nova evolução em que possam de novo entrar no comboio evolutivo, no grau em que estavam, o que será muito penoso; actualmente existe ainda esse perigo e eles residem no egoísmo desenfreado; no materialismo ou falso espiritualismo, como no orgulho intelectual, nas numerosas transgressões das Leis Divinas ou Naturais desde o mau uso do pensamento, até à profunda descida na gruta de Vénus.
Permitam-nos que vos faça um pedido: investigai e meditai sobre o Prólogo do Evangelho de S. João Evangelista:
Quem é o Princípio?
Quem será o Verbo? E assim por diante.
Cabe a cada qual abrir a sua mente e o seu coração aos puros e elevados ensinamentos de Cristo que se resumem: SERVIR COM AMOR E HUMILDADE.
Isso exige muito mais do que pode parecer; profunda transmutação dos vis metais no ouro espiritual em todos os campos da vida humana.
TUDO O RESTO É VÃ GLÓRIA.
EXCERTOS DO LIVRO MEDITAÇÕES DE UM NEÓFITO |
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