PÉTALA XII

COSMOCRACIA

JOÃO AMÓS COMÉNIO (1592-1670),  O ARQUITECTO DA COSMOCRACIA

DESENHO DE MIGUEL ÂNGELO DE CARVALHO, 1992.

 

Não se pode melhorar a Humanidade,

se não se elevar o seu nível de amor.

Max Heindel

 

Aumenta a consciência que os regimes democráticos tal como foram concebidos nos séculos passados e especialmente no século XX já não dão resposta aos problemas que afectam a Humanidade.

Também não será com regimes ditatoriais ou outros mais ou menos semelhantes que vamos ter as soluções apropriadas para a actualidade.

Alguns dos políticos de diversos países, por sinal até alguns jovens deputados reconhecem que os actuais sistemas democráticos têm de evoluir de forma a permitirem uma maior participação dos cidadãos e que, face aos problemas globais desde terrorismo, droga, insegurança, e tantos outros problemas desde raptos de crianças até à pedofilia, comércio de órgãos, questões socioeconómicas, é cada vez mais necessário a criação de Organismos Supranacionais com poderes e meios para a devida solução destes flagelos.

Não podemos esperar por soluções milagrosas, nem que de um momento para o outro consigamos resolvê-las, tudo tem o seu tempo, só que urge tomar deliberações para se obterem soluções apropriadas que já não podem ser as do século passado.

Tudo está evoluindo muito rapidamente; ou temos capacidade de antevisão para uma eficaz defesa e uma programação adequada ou estaremos quase sempre a ficar ultrapassados. Nestes casos, em vez de termos um fato completo teremos remendos e às vezes remendos cozidos com linha podre…

Todos os seres humanos têm a sua responsabilidade pelo estado de coisas em que vivemos; mas as pessoas que estão nos poderes efémeros, sejam eles quais forem, têm-na muito maior; mormente os dos países mais ricos e ditos mais poderosos, o G 7 ou G 8, e assim por diante.

Quanto ao que vamos apresentar nesta pétala pois são ideias por agora utópicas, para os séculos vindouros, mais precisamente para a Idade de Capricórnio.

Mas para quê, se pode até não existir a Terra nesse tempo?

 

A resposta é não e não.

A Humanidade vai vencer estes obstáculos; e venceria muito melhor se fosse reduzida a especulação, especialmente nos mercados financeiros onde jamais devia ser permitido a entrada de bens alimentares como os cereais.

Há conhecimentos e capacidades para haver uma sociedade muito mais justa e saudável, bastaria que o altruísmo substituísse o egoísmo e o individualismo que campeam.

Voltemos à Cosmocracia.

Como a palavra indica será um governo em sintonia com as Leis Cósmicas ou da Natureza ou Divinas consoante for a mente de cada qual.

Na prática é seguir a grande Lei do Amor e tudo estaria resolvido.

Muito simples mas amar com profundidade e elevação exige muito saber experimentado em muitas vidas, múltiplas qualidades que não se obtêm de um momento para o outro.

Afinal, a Terra pertence a quem? Os bens como minerais, ou as fontes energéticas são propriedade de quem? Do senhor fulano tal; dos senhores do petróleo, dos senhores do capital, dos senhores dos poderes efémeros, ou pertencem a todos, à Humanidade, como dádivas de Deus a Quem cada qual tem que prestar contas de como usou os seus bens e os seus poderes?

Meus amigos, a verdade é que pertence a toda a Humanidade, logo devia haver um Governo Mundial eleito democraticamente para gerir com justiça e amor, com sabedoria e humildade as diversas áreas da vida humana.

Cada qual terá de participar nessa dinâmica com os seus talentos para que as estruturas mundiais possam cumprir cabalmente as suas funções.

Estamos falando da futura vivência cosmocrata.

Mas para chegar a esse estado que fazer dos diversos países, dos seus símbolos, das suas culturas, dos seus poderes desde o legislativo, ao executivo, judicial, etc?

Na pétala sobre a Idade do Aquário já focamos algumas das profundas alterações que se irão realizar após o século XXVII e durante um período superior a dois mil anos.

Após essa Idade vamos entrar na 6ª Época, a Nova Galileia.

Meditemos sobre essa Idade, nas suas alterações e como a Humanidade poderá vir a viver.

Sonhar é fácil?

Sim, mas não é o sonho que comanda a vida?

Sonhemos, ou antes coloquemos a nossa capacidade de criar em acção.

Já Coménio, pioneiro da Cosmocracia, conhecido como o Mentor das Nações, que viveu entre 1592 e 1670, apontou várias estruturas que, em nosso ver, serão para essa época…

Se forem antes concretizadas, melhor ainda.

Na sua obra O Despertar Universal lembrou-nos que: Se somos todos cidadãos deste planeta o que nos impede, então, de um dia vivermos numa sociedade devidamente ordenada e verdadeiramente unida pelas mesmas Leis, Ciências e Religiões?

No campo da comunicação sugeriu a necessidade da criação de um idioma supranacional, fácil, que pudesse ser aprendido por todos, contribuindo, assim, para uma comunicação mais rápida, mais eficiente, entre todos os povos, como um melhor intercâmbio cultural entre todas as nações, levando a uma confraternização universal.

Por outro lado, Coménio aconselhou a que cada vez mais se cultivasse a aprendizagem de diversos idiomas; nada de supremacias de uns para com outros.

Sobre o idioma supranacional também outro rosacruz, Leibniz, quando o estava arquitectando, acabou por colocar uma rosa no centro da cruz!!!

O que este nosso amigo nos estará comunicando?

Em nosso ver que a rosa, símbolo do Amor, da Luz e da Vida, no centro da cruz, transmite que a melhor forma de comunicar por um idioma universal será pela libertação da cruz…

Estamos confiantes que nessa Época muitos seres humanos terão atingido um estado evolutivo que lhes permitirá falar todos os idiomas numa ligação superior com Javé, tal como sucedeu com os apóstolos, como com Christian Rosenkreuz.

Tudo isso ajudará a vencer os racismos, os nacionalismos doentios.

Atenção que ainda estamos longe desse estado.

As nações têm de saber perder um pouco da sua soberania, em algumas áreas e esses poderes serem transferidos para Organismos

Supranacionais, numa ONU muito diferente, como na área cultural numa UNESCO tal como idealizou Coménio.

Voltando à Cosmocracia.

Consciente que tudo tem o seu tempo e que Roma e Pavia não se fizeram num só dia, vamos dar mais uma vez um salto até essa 6ª Época.

No campo religioso profundas alterações estão já sendo dadas, só não vê quem não deseje ver; estas cada vez mais serão aceleradas e nada nem ninguém tem poder para alterar o plano cósmico.

Já na Idade do Aquário o Cristianismo Esotérico será o motor unificador; em plena Idade de Capricórnio viveremos sob uma única Religião, sob a égide de Cristo que é o único Salvador, como o Único que tem poderes para fazer a união entre os mundos inferiores e os seres que nele evoluem e os superiores, até ao Mundo de Deus, ao Macrocosmo.

Portanto, vamos ter na realidade um Igreja Mundial com uma religião científica, em que o Amor Puro será a mola real.

Também as Leis serão cada vez mais reduzidas, como simplificadas, até que um Dia a Humanidade não necessite de leis feitas por nós, apenas nos bastará a Lei do Amor que tudo resolverá com justiça perfeita e em plena harmonia. Esse Amor procura o bem-estar de todos e como tal tudo será bem equacionado.

Entretanto, e antes de vivermos esse estado de coisas, haverá a criação de um Parlamento Mundial eleito por todos os cidadãos do mundo, porque cada qual estará num estado já desenvolvido para poder participar em soluções universais.

Esse Parlamento Mundial e de acordo com Coménio mudará de Sede de 10 em 10 anos, ou antes de Continente, pois haverá uma Sede em cada um.

Além desse órgão, haverá o Governo Mundial que Bertrand Russel apontou como a última oportunidade do ser humano; não será a última, mas apenas um passo na nossa evolução rumo à Unidade da Vida, como um deus criador.

Para a Justiça teremos o Tribunal Internacional da Paz, que com as Leis Universais, muito simples e perfeitas, solucionarão os eventuais problemas que nessa fase teremos ainda de saber ultrapassar.

No campo da educação, vamos ter a cosmocrata, isto é, aquela que ajudará cada um a libertar as suas potencialidades internas, numa dinâmica de trabalho de grupo em que os docentes e os discentes todos aprendem a criar algo de novo e útil para todos; em respeito integral das Leis da Natureza.

Este sistema estará interligado com todas as áreas da vida numa dinâmica permanente, em todas as fases de cada qual desde a gravidez até ao nascimento para o santo etéreo monte.

Por outro lado, isso já na Idade do Aquário iremos ter a Ciência da Morte em que haverá além de total respeito pela vida, uma ajuda muito sábia e amorosa quando alguém passe por uma fase algo terminal.

Aliás este sistema já devia estar a ser implementado por toda a parte, não permitindo extracção de órgãos, com a criação de câmaras frigoríficas para colocar os restos mortais durante 3 dias ao fim dos quais seriam cremados.

Estamos numa fase em que ainda temos de passar de novo pelo nascimento, morrendo para os mundos superiores e pela morte subindo de novo para eles, pelo que em todos os domínios urge saber ajudar de modo a que esses momentos sejam libertadores e não sofredores.

Feliz o Dia em que tenhamos chegado ao nível de Jesus-Cristo ou de Christian Rosenkreuz em que não precisamos de passar pelo ciclo do renascimento.

Então, viveremos nessa verdadeira Nova Galileia.

Para lá caminhamos.

Quanto mais soubermos cumprir as Leis Divinas melhor será para cada qual e para o todo, humanidade.

É que, quando algum de nós está mal, nenhum de nós poderá estar bem.

Viva a Cosmocracia.

Até lá vivam os valores universais, basta de retóricas, as pessoas exigem exemplos e cumprimento das promessas.

Mas cada qual tem o dever de trabalhar mais e melhor para bem de todos e para Glória de Deus.

Não para nós, isso é egoísmo.

Era esse o lema do rosacruz J.S. Bach, esse grande compositor que escrevia em cada partitura:

 

PARA BEM DA HUMANIDADE E PARA GLÓRIA DE DEUS.

 

EXCERTOS DO LIVRO MEDITAÇÕES DE UM NEÓFITO

CAPA E PREFÁCIO DE PÉTALAS

PÉTALA V

ABSORTO NA NATUREZA

PÉTALA  I

JESUS, JESUS-CRISTO E CRISTO

PÉTALA X

AS CAIXAS E OS MARCOS DO CORREIO

PÉTALA III

OS ANIMAIS TAMBÉM CHORAM

PÉTALA XI

A IDADE DO AQUÁRIO

PÉTALA  IV

UM MAR DE ROSAS E DE ESPINHOS

PÉTALA XII

COSMOCRACIA

 


 
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